segunda-feira, 28 de abril de 2014

Talvez... Só talvez... Eu não saiba amar

sábado, 19 de abril de 2014

Dos caminhos que eu fiz, não sei se alguém entende. Eu sei o porquê. Entreguei o que me era caro, e agora entendo que era caro demais para manter. Abrir mão. As pessoas às vezes se chocam com meus rumos. Eu também. Tenho momentos. I never dreamed I'd be here. Sonhos. Meus sonhos. Lembranças que parecem de outras vidas. Que parecem sonhos antigos. De alguém com cabelos cor de cobre, ou de cabelos negros. De quem tinha outro amor. De quem tocava outro instrumento. Tento não sentir remorso por aquela que matei em mim.

domingo, 30 de março de 2014

Da mulher abandonada ou como relembrar a adolescente que eu não fui

Porque sou budista, e psicóloga, e mulher, e adulta, o que eu sei é que vou construir minha própria resposta. E quem construiu a fantasia foi você. Quem se queixava de saudade era você. Quem falava de desejo e me atiçava era você. E eu. Eu também. Mas precisei te reler (Ah, bendita tecnologia que sobrepassa minha memória). Não era de um, era de dois. Sabe-se lá porque (nunca saberei) não pôde ir, você não pode seguir. Mas essa história não foi só minha. Posso chamar minhas testemunhas e continuar brigando. Mas nada vai mudar. Nada. Porque o que era de dois agora é de um. E eu sigo, brigando comigo, tentando matar a adolescente dentro de mim que te implora descabelada por um último beijo, um último suspiro, um último minuto de despedida decente. Ela grita, ela faz o que eu queria poder fazer, ela se ajoelha e faz a cena ridícula da mulher abandonada. Preciso dar um golpe de misericórdia neste ser tão imaturo, tão não analisado, tão selvagem. Mas ela sequer parece precisar, sufoca no próprio choro, arqueja. E eu a assisto, sem saber se devo estender a mão, devolver o ar, se ajudo a gritar, ou se sigo sem olhar naqueles enormes e doces olhos castanhos que eu vejo no espelho.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Talvez seja só saudade, alimento para a tristeza oca dentro de mim. É o que parece. Fato que já não me suporto mais. Sentir saudade já deve bastar. Onde eu posso ir pra sair de mim mesma?

quinta-feira, 13 de março de 2014

Do estrago e suas vicissitudes

Eu gosto do estrago. Não. Mas preciso sentir a dor de verdade por um segundo. Pra saber. Preciso q gire a faca dentro de mim. Eu preciso ter certeza do estrago como um soluço que brota do peito. Eu não sei ser pela metade como não sei sofrer pela metade. Eu sabia. I saw it coming. Mas me joguei na arrebentação só pra sentir o mar quebrar em mim. Não me desce uma lágrima. Alguém por favor termine o serviço, retorça o punhal, me abra de cima abaixo pra que isso saia de mim. Isso sequer me pertence. Eu não sou assim. Eu não sou dessas. Não mais. Mas algo está aqui. Algo que dói. Não é possível que se parta ainda, confiei que era forte o suficiente. Mas "tu te tornas eternamente decepcionado pelas expectativas que cultivas". O ar continua faltando. A falta da palavra. A palavra não dita, me é negada, mas se afirma a cada segundo de silêncio.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Não te dizer o que penso já é pensar em dizer

Quando eu pisco parece ser um mundo paralelo. Mas é onde estou agora. Essa minha confusão, essa minha afetação. Me sentindo o godzilla numa loja de cristais finos, sabendo q eu vou me movimentar e derrubar e estragar tudo. Não quero derrubar, fico parada e petrificada. Sem sr. sem ar! Nem respirar. Parece muito com um sonho. Por que ter medo? Por que não vou? Mas eu fui. Eu preciso dormir, hoje.


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Hipnotizada

Sempre fui bruxa, sempre soube das secretas artes do enfeitiçamento. Isso se perdeu em algum momento, até sei qual foi mas não vem ao caso. E desde então, como numa maldição, quem se enfeitiça sou eu. Hipnotizada por olhos, peles, cheiros, toques. E por palavras. Às vezes há algo que entra em sintonia, e sem duvida é desse tipo de encanto o mais forte. Mas não há. Não dá. Vou usar as minhas bruxarias pra me desencantar. Atar o desejo a outro objeto, pq essa cegueira não há de produzir o que preste. Ou - ou usar meus subterfugios pra q se transforme em beijo, em pele tocada, umida, revelada, cheiro q invade meu corpo inteiro. Algo se agita dentro de mim. The bitch is back.